Férias nequianas terminando!
Novo ano, nova lenha na foqueira, novo fogo queimando...
Ganhei de presente uma linda caixa, do ano de 1915. Manchada de tinta, com a marca de cada uma das horas que se deitou sobre a madeira, sobre o revestimento de papel, sobre a tinta, sobre as cantoneiras de metal... na plaquinha com o nome do primeiro proprietário: José Teixeira Pires de Moraes.
Apenas muitas horas depois de recebê-la, percebi, já na análise solitária do meu quarto, que a caixa possuía um compartimento extra. Se abriu como uma gaveta na parte de baixo, revelando a ausência de segredos guardados cedendo lugar à presença de alguns dos meus segredos desabrigados.
Com a descoberta, fiquei pensando sobre José Teixeira Pires de Moraes. Fiquei pensando na diferença que fazemos. Na diferença que fazem as pequenas e verdadeiras paixões. Pensei na ação da mão de José Teixeira sobre as dobradiças, na ação de guardar pincéis e papéis em seus compartimentos, na forma de carregar e largar... ações que mudariam o objeto para sempre, dando-lhe uma densidade imaterial, ifabricável e irreproduzível...
Pensei que este ano é um novo compartimento de uma caixa muito antiga. Que as pequenas e verdadeiras paixões de nosso grupo e de cada um de seus integrantes são as horas que se deitam, são as mãos de José Teixeira Pires de Moraes.
Antes de tudo, abramos a tampa deste ano e experimentemos.
Que comecem os trabalhos!
Feliz ano novo, nequianos!
Feliz ano novo a todos os Josés Teixeiras Pires de Moraes.
NEC - Núcleo de Experimentação Cênica
domingo, 2 de janeiro de 2011
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Construção dos pingos D'água
terça-feira, 13 de julho de 2010, 16:53:00
terça-feira, 13 de julho de 2010, 16:53:01
terça-feira, 13 de julho de 2010, 16:53:01
domingo, 7 de novembro de 2010
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Encontros Concretos, na Funarte, neste final de semana!
Tratado sobre as belas tristezas – Mostra de Cenas Curtas
Apresentação das cenas criadas no trabalho de imersão em processo colaborativo com o Teatro do Concreto
15, 16 e 17 de outubro
Sexta e Sábado às 21h e Domingo às 20h
No Teatro Plínio Marcos - FUNARTE
Entrada franca
Apresentação das cenas criadas no trabalho de imersão em processo colaborativo com o Teatro do Concreto
15, 16 e 17 de outubro
Sexta e Sábado às 21h e Domingo às 20h
No Teatro Plínio Marcos - FUNARTE
Entrada franca
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Encontros Concretos - Mostra de Cenas Curtas - Tratado sobre as belas tristezas :D
NOS DIAS 15,16 E 17 DE OUTUBRO OS GRUPOS FORMADOS DURANTE A IMERSÃO EM PROCESSO COLABORATIVO APRESENTARÃO SUAS CENAS!
TRATADO SOBRE AS BELAS TRISTEZAS - MOSTRA DE CENAS CURTAS
Grupo: Provisório
Cena: Claustro
Direção: Adriana Lodi
Assistente de Direção: Pedro Caroca
Dramaturgia: Márcia Amaral
Cenografia/Figurino: Roberto Cardoso
Iluminação: Alexandra Martins
Sonoplastia: Alma Arriaga
Elenco:
Cristiano Hoppe Navarro
Du Oliveira
Marcia Regina
Nobu Kahi
Pedro Mesquita
Ricardo Souza
Yacine Guellati
Músicos Convidados:
Diego Santos
Michelle Nogueira
Sinopse: A violência que me acomete dia-a-dia é a de me manter acorrentado ao meu eu de ontem. Não consigo abandonar nada do que eu tenho. Minha voz e minha memória me enclausuram numa jaula escura e então sigo acorrentado a mim mesmo durante toda a vida.
Capacidade para 40 pessoas
Censura 16 anos
Grupo: Desconcerto
Cena: Aos ame ir
Direção: Pâmela Alves
Dramaturgia: Jullya Graciela
Cenário/Figurino: Diana Cunha
Iluminação: Pepito Assis
Sonoplastia: O grupo
Elenco:
Adair Oliveira
Ana Girassol
João Miguel Gonzaga
Julie Wetzel
Lane Moura
Thaidy Oliver
Sinopse: Até que ponto lembrar nos perturba? O amor de mãe é realmente igual? A morte pode transformar a vida de alguém?
Capacidade mais de 250 pessoas
Censura Livre
Grupo: CIA Teatro em Crise
Cena: Cubo(s) de Cristal
Direção: Andrea Costa
Dramaturgia: Milton César Pontes
Cenografia/Figurino: Anna Cristina Prado e Camila Gati
Iluminação: Carmem Sylvia Santiago e Luiz Sampaio
Sonoplastia: Hugo Carvalho
Elenco:
Glednna Fernanda
Ju Welasco
Karine Luiz
Karol Oliveira
Wesllen Masolliny
Sinopse: Cubo(s) de cristal é um espetáculo que trata das lembranças, da temporalidade da vida onde tudo se desfaz numa curva descendente. O que antes era límpido torna-se embaçado, o que era vigor em cansaço e solidão. Lia acaba de completar 80 anos e revisita as memórias que plantou durante a vida.
Capacidade mais de 250 pessoas
Censura Livre
sábado, 25 de setembro de 2010
Encontros Concretos
Andamos ausente desse blog, mas por motivos de construção do grupo, e por isso, estamos participando de uma imersão com o Teatro do Concreto. É um projeto de muitos encontros. Encontro com novas experiências, com outro espaço.
Passaram-se duas semanas e a impressão é que estamos a três anos vivenciando um processo colaborativo. 45 dias de ocupação, com seis oficinas (atuação, cenografia, direção, dramaturgia, figurino, iluminação) que resultarão em três cenas curtas criadas e apresentadas na imersão em processo colaborativo na Funarte nos dias 15, 16, 17- (sex. e Sab. 21h e domingo 20h).
A convivência é uma palavra chave no fazer teatral, seja nas longas horas dos processos de criação, seja na relação que se cria durante minutos entre espectadores e artistas. Participar desse processo é como se a cada dia uma caixa fosse descoberta e que dentro dela existisse infinitas possibilidades de criação. É um processo rico e desafiador. O nosso desejo é que essa convivência possa nos levar a uma consciência e construção de um coletivo criador.
“A obra de arte do futuro é coletivo, e só pode decorrer de um desejo coletivo. Esse desejo, no plano prático, só é pensável na comunidade de todos os artistas”.
(Richard Wagner, A Obra de Arte do Futuro)
Exercício de Cenografia, Iuminação e Sonoplastia
Imersão em Processo Colaborativo. Exercício de Cenografia, Iuminação e Sonoplastia. Fotos por Alexandra Martins
terça-feira, 24 de agosto de 2010
O Hans-Thies Lehmann Brasil Tour 2010
Hans-Thies Lehmann é um dos mais importantes teóricos do teatro contemporâneo e da estética teatral. É professor de Estudos Teatrais da Universidade Goethe em Frankfurt am Main/Alemanha e membro da Academia Alemã de Artes Cênicas. Entre seus livros destacam-se Teatro Pós-dramático e Escritura Política no Texto Teatral.
O Hans Thies Lehmann Brasil Tour 2010, idealizado e produzido por Wolfgang Pannek, co-diretor da Taanteatro Companhia, promove uma série de palestras e seminários realizados por Hans Thies Lehmann e Eleni Varopoulou (teórica teatral e tradutora).
Contato: contato@taanteatro.com - 11 9634 5121
Programação
UNB - Brasília
Laboratório de Dramaturgia e Imaginação Dramática (LADI)
Responsável: Marcus Mota
Contato: marcusmotaunb@gmail.com
Colóquio Internacional de Teoria Teatral
Data: 06/09/2010
10h - Palestra e mesa-redonda sobre Teorias em teatro.
Local: Departamento de Artes Cênicas- Teatro Helena Barcelos
Palestrantes: Profs. Hans-Thies Lehmann e Eleni Varopoulou
Coordenação Debates: Profa. Luciana Hartmann
Público-alvo: artistas, estudantes, profissionais e pesquisadores da área de teatro e afins.
16h - Clínica de projetos de pesquisa em Artes Cênicas
Local: Departamento de Artes Cênicas- Teatro Helena Barcelos
Workshops conduzido por Profs. Hans-Thies Lehmann e Eleni Varopoulou
Mediação Profa. Luciana Hartmann
Público-alvo:profissionais e pesquisadores da área de teatro e afins.
20h30 min - Apresentação cênica: As Danaiades. Obra coletiva, sob orientação de Marcus Mota.
sábado, 31 de julho de 2010
Depois de bater a cabeça repetidamente na quina dura da parede do teatro pós-dramático, coisas além de sangue começaram a surgir, por mais que, no momento, não percebêssemos em meio à tontura das pancadas...
Sozinhos, descobrimos que podíamos dividir certas tentativas despretenciosamente. Foi o que aconteceu: tirados do fundo de um baú onde quinquilharias pós-dramáticas eram guardadas, um texto e um punhado de elementos com milhões de possibilidades - água, velas, fogo, escuridão, luz, casa, subconsciente, sombra, cinzas... ui!
Coagida em um pequeno espaço demarcado por blocos encimados por velas com diversos tempos de uso, única fonte de luz de toda a cena, uma personagem se dividia entre o medo e desespero velados e a informalidade leve das conversas amenas.
Ao redor de seu espaço de movimentação e do alcance da luz das velas, escuridão completa! Vozes vindas da própria escuridão, ou da própria personagem (apesar de alheias a sua garganta), contradiziam ou reforçavam as falas da figura iluminada, iluminando também sua confusão, sua desolação, fragilidade e embuste.
Nós, "nequianos", nos percebemos, de repente, manuseando os elementos da matéria-prima da contemporaneidade: a sugestão, o não-linear, o subjetivo e o não-literal... A partir de uma construção coletiva, vimos surgir no produto uma lacuna, que é exatamente onde o espectador contemporâneo deve se encaixar para fazer a arte viver.
Se o tio Lehmann nos visse agora!
Demarcamos o primeiro ponto na primeira conquista, em que a primeira situação cênica envolvera o público (nós mesmos) de forma arrebatada de verdade e sutileza; o segundo ponto traçamos nesta segunda conquista. Estamos prontos para, então, traçar uma reta entre os dois e aguardar um terceiro, que começará a nos revelar um desenho sincero...
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